domingo, 23 de outubro de 2011

Sobre decisões involuntárias e versões recicladas

Eu podia omitir uns anos e dizer que nunca te esqueci, nunca esquecerei e "a vida passa e meu amor não passa", e talvez isso não seria ao todo errado, mas seria muito babaca.
Tanto que seus eu's já foram tão reciclados - assim como os meus - e o fato é que você não é mais aquele por qual me apaixonei (e eu também não sou mais aquela menininha que se apaixonou por você). Então, além de ser babaca, seria totalmente inadequado.
Sabe o que mais seria? Idiota.
Ao menos eu penso assim. Pareceria que eu não tenho amor próprio e nem um pouco de senso comum ao gritar uma inconsequência para os quatro cantos. Poupe-me.
Na realidade, eu me esqueci de alguns detalhes dos nossos beijos. A memória humana não é perfeita (que bom). E junto com esses detalhes, uma grande parte do meu amor bruto deixou de ser seu.
E, sim, claro que eu ainda lembro, um pouco, do seu beijo, um calorizinho do seu abraço às vezes passa a noite ao meu lado, mas o fato é que meus sentimentos também foram esquecidos, ficaram um pouquinho mais frios, sabe?
E apesar de eu querer amar novamente, sentir um abraço especial que arrepie minha espinha, sentir um carinho apaixonado sendo meu, eu também meio que cansei dessa bobagem de estar apaixonado. Sejamos francos, a gente fica meio/totalmente idiota 90% do tempo.
Se eu disser que eu não estou apaixonada e não quero estar, é crime?
Essa decisão é tão sensata no momento!

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