Amor de verão.

Eu mudei. Não sou mais a mesma garotinha que vai acreditar em suas mentiras e deixar você entrar no meu coração novamente. Dessa vez não. Você não vai poder correr até a minha casa e dizer que não foi nada. Que quem você ama sou eu. Por que eu não estarei mais ali, atrás da porta, esperando pela campainha. Eu não sei aonde estarei, mas talvez em um outro lugar, além do sol e do mar, acompanhada de um livro e um violão, escrevendo os versos do nosso amor de verão, que uma vez consumiu minha existência.

Palavra ao vento.

As palavras não podem explicar o quanto eu sinto por você, mas posso tentar. Eu sei que todo mundo diz que o coração salta quando vê aquela pessoa, mas meu coração não salta. Todo mundo diz que o sorriso daquela pessoa faz você mesmo sorrir, mas eu não sorrio. Que o beijo faz você viajar, mas eu não viajo. Eu imagino.

Imagino que não posso viver sem ver você, nem sentir o calor de quando você me dá seu sorriso, e muito menos ficar sem seu beijo. Por que quando eu te vejo, meu coração não salta, ele volta a funcionar, quando você sorri pra mim eu não sorrio, eu volto a poder sorrir, e seu beijo não me faz viajar, me faz ficar cada vez mais presente para ter certeza que você é real e não deixará de existir, fazendo com que eu mesmo exista. Pois sem você sou apenas uma palavra ao vento que perdeu a razão.

Viver sem amor.

Eu não sei dizer se fico feliz em não amar mais você. Isso já era tão normal que fazia parte de mim. Mas e agora, o que eu devo fazer? Apaixonar-me novamente e cair nesse ciclo incrível e doloroso?
Não sei se eu consigo viver sem amor, sinceramente. Qual a graça de seguir caminhando sabendo que quando você chegar não terá mais aquele sorriso de boas vindas, que sempre fez com que você fosse em frente? E não sentir mais a sensação do coração descontrolado, batendo forte cada vez que te vê. Ou a vontade inexplicável de sorrir toda vez em que você me abraça. Eu não sei dizer se é tão sem graça assim, mas eu não gostaria de experimentar.