segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

As quatro estações

Eu amo você como gosto de ver a primavera chegar e levar o resto do frio que se alojou na minha alma. Amo ver você tirar a camisa no banco do motorista, quando viajamos no fim das aulas e início do verão. Amo ter seu sorriso, só meu, nos nossos passeios pelas árvores do outono. Gosto dos seus braços ao meu redor, me esquentando nas noites frias do inverno, protegendo-me do vento e das chuvas, no infinito ao nosso redor. Amo todas as estações, amo todo os seus eu’s, aquele que me diverte, no verão; o outro que tira as folhas de meus cabelos, no outono; aquele que esquenta meu coração, no inverno; e um último, mais que especial: aquele que sempre terei como razão de meu viver, toda primavera, fazendo tudo começar novamente.

Amigo

 Dia desses fiquei pensando em uma resposta que recebi quando escrevi um poema seu. Um amigo disse que haviam sido palavras lindas, que a pessoa para a qual eu havia escrito tinha muita sorte de me ter desse jeito.
Aí eu lembrei que você me tem, mas não te tenho. E dói saber que eu tenho de escrever para você sem você saber. Então, resolvi te esquecer de vez. E dessa vez é pra valer.
Sabe, eu tenho um amigo que gosta de mim, e eu talvez possa gostar dele desse jeito. Espero que o poema que ele leu sobre você algum dia seja para ele, porque assim ele me terá, do jeito que eu já tenho ele.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Mudanças.

É tão estranho saber que tudo acabou. Que tudo vai mudar. Que todo aquele presente se tornará um passado trancado em sua vida. São novos desafios que te esperam, dessa vez sozinho, sem aquela mão no ombro e aquela pessoa que te protege. É, agora é com você. E agora é SÓ você.
Estranho saber que há algum tempo você imaginava não ser possível, caminhar pelos próprios pés rumo à escuridão. Estranho ver que uma pessoa amadurece muito mais em um ano que cresce em toda a sua vida. É tão difícil crescer mentalmente... Ao mesmo tempo que é impossível deixar de fazer.
Engraçado que você sabe que suas relações não serão as mesmas, e como as pessoas reagem à isso é uma prova de que está prestes a acabar. Um empurrãozinho para o futuro, um sopro para o desconhecido...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

De volta pra casa.

Eu posso estar sempre longe, mas sinto você aqui perto, nos meus pensamentos. Aqueles que me mantém quente enquanto eu vejo a neve caindo por entre as árvores. Imagino você sorrindo, há milhares de quilometros de distância, nesse verão insuportável da nossa cidade natal. E sorrio ao saber que você também pensa em mim. Porque eu sabia que seria assim. O mundo pode dar quantas voltas quiser, mas algumas coisas simplesmente não mudam. Como o seu olhar, as nossas lembranças, o nosso amor. E quando ele muda, só o vejo crescer um pouco mais. É como se cada passo que nos afastamos mais nos fortalecesse. Porque por mais que a saudade me mate um pouco mais a cada dia, ela faz meu coração bater mais forte cada segundo. E eu permaneço aqui, afundando entre as árvores, vislumbrando a paisagem branca ao meu redor. Eu sei que tudo vai voltar, quando eu estiver de volta pra casa.