segunda-feira, 9 de maio de 2011

Carta

Se você soubesse quando tempo fiquei olhando para aquela página em branco, riria da minha cara. Afinal, aquela era a carta que eu não queria escrever.

Deixei o papel jogado na escrivaninha, esperando que algumas palavras incentivadoras viessem à minha mente. Mas tinham que ser as palavras certas.


E elas não vinham. Então, abandonei o papel e tive que conviver com a aflição de sentir um aperto no peito toda vez que eu atravessava a salinha. Foi frustrante. Uma coisa daquelas; das quais, por mais que tente, não sabe descrever. Daquelas.

Então, joguei tudo por alto e fui escrever a carta que um dia esteve em suas mãos; sinto muito, sinto tanto; Mas, nós sabemos o que eu devia fazer. Chega de sofrer. (Mas será que eu fiz certo?)

Aqueles "E se...?" atravessam minha mente toda vez que eu paro para respirar, sentindo seu bafo comigo.Aí eu viro, louco pelo seu perfume, e nada encontro ao meu redor. Naquela sala vazia.

Sinto sua falta. Tanto. Um pouquinho mais a cada dia. Onde está você agora?

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