Nada do que você havia falado era verdade. Sempre havia alguma coisa oculta.
E quando você me olhou, suplicante, eu tive certeza.
Então, eu era apenas o outro?
Eu não toquei seu coração?
Ou não tive a chance de passar pela sua casca, que é à prova de sentimentos?
E o que você me disse, não havia um pingo de verdade?
O nosso futuro, nossas crianças.
Tocar violão no pôr-do-sol da praia.
Inventar melodias que completavam você.
E eu imaginava que estava completo.
Que finalmente a espera havia acabado. Que os buracos haviam sido superados.

Mas adivinhe.
Você só se mostrou mais um deles.
O mais fundo, o mais amargo, o mais falso.
E agora, nesses versos me lembro de ti.
Do seu sorriso, seu olhar maroto que me deixava maluco.
Eu iria a qualquer lugar por você.
É triste saber que você não faria o mesmo.
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