sábado, 17 de dezembro de 2011

É a vida

Saudade de uma coisa boa e querer vivê-la de novo e de novo e de novo. Sorrir com a chegada de lembranças felizes e perder-se nas memórias. Apertar os olhos e desejar que tudo aconteça novamente.
A vida é doce. Há pessoas especiais que podem ou não nos acompanhar o trajeto inteiro. E, mesmo se não acompanharem, isso não significa que elas sejam menos importantes. Isso só acontece, é a vida.
Às vezes os caminhos se separam e é preciso conviver com a saudade, conviver com a nostalgia, esperar uns poucos dias no ano para poder matar todo o tempo perdido.
Às vezes as pessoas simplesmente se perdem, já não são tão próximas, mas isso acontece, é a vida.
Outras irão preencher os pequenos vazios no coração, mas cada uma sempre terá seu espaço guardado, com sorrisos e abraços só seus. Sempre há um espaço no coração. E isso acontece mesmo, é a vida.
É a vida desabrochando na sua frente, um dia de cada vez, um segundo por vez. É a vida te fazendo sorrir, chorar, amar, detestar, perdoar. É a vida, por simplesmente ser.
E guardo lembranças, abraços, sorrisos de pessoas especiais. E outras chegarão e ocuparão mais um espaço. Quem disse que o coração não pode ser do tamanho do mundo?!

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Se for para sentir mais

O problema é eu gostar tanto de você. Aí tu me tens na mão e eu vou ser seu brinquedinho: quando estiver de bom humor, também estarei; quando não me quiser, sairei ferida pelos cantos. O problema é amar mais do que é amado, mas também é a solução. Alguns ferimentos à mais são inevitáveis, mas os sentimentos à mais também são tão singulares.
A gente anda por aí perguntando para os outros o que é amor. Mas essa resposta está dentro de nós. O seu amor não é o mesmo amor que o meu. O seu amor é seu, ele tem qualidades e defeitos infinitos para você. Talvez para mim não seja a mesma coisa.
Porém, tem essa definição do amor que é de todos nós. Que a pronuncia da palavra nos traz um sorriso bobo na cara, uma pontadinha no coração, uma lágrima teimosa.
Estranho, mesmo, seria se eu não me apaixonasse por você. O mundo perderia uma cor tão bonita, abstrata, que talvez só algumas pessoas - aquelas que sofrem um pouco mais, mas também têm uma pequena chance de serem mais felizes - têm. E se for para sentir mais, sofrer mais, viver no eterno conflito com o amor, procurar não procurando esse amor - que, por favor, ele goste um pouquinho menos de mim do que eu gosto dele -, eu acho que vale à pena tentar.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

As divisões das partes pequenas

É tão fácil se apegar à sentimentos que quando chega a hora de deixar passar nós recuamos. Uma coisa que parecia nada familiar de repente vira nosso mundo do avesso e tudo o que queremos é não deixar passar. Algumas alegrias só tornam-se possíveis com os sentimentos à flor da pele, estourando no peito. E esses sentimentos queremos agarrar com unhas e dentes.
A vida passa, o tempo corre. As ondas da praia vão... e voltam. E partem novamente. Os segundos parecem diminuir e as tarefas multiplicam. A globalização. O bebê número sete bilhões. Sete bilhões de seres minúsculos em um planeta pequeninho de uma simples galáxia do universo inteiro. Você já percebeu o quanto nós somos pequenos?
E ainda assim, uma das sete bilhões de pessoinhas no planeta Terra é tão grande pra você. É uma coisa, não é mesmo? Essa pessoa significa um sorriso diferente, uma memória quente, um amor chiclete de vida inteira.
Ou uma paixão ardente corriqueira. Ou uma amizade mais forte que o tempo. Mas aí já são outros quinhentos. Afinal, tem gente que (ainda) acredita que o seu mundo tem outra metade.
E pode ser que tenha. Pode ser que não. Mas a gente é tãããão pequenininho, não é mesmo? Ainda assim nossa alma é partida em dois.

domingo, 23 de outubro de 2011

Sobre decisões involuntárias e versões recicladas

Eu podia omitir uns anos e dizer que nunca te esqueci, nunca esquecerei e "a vida passa e meu amor não passa", e talvez isso não seria ao todo errado, mas seria muito babaca.
Tanto que seus eu's já foram tão reciclados - assim como os meus - e o fato é que você não é mais aquele por qual me apaixonei (e eu também não sou mais aquela menininha que se apaixonou por você). Então, além de ser babaca, seria totalmente inadequado.
Sabe o que mais seria? Idiota.
Ao menos eu penso assim. Pareceria que eu não tenho amor próprio e nem um pouco de senso comum ao gritar uma inconsequência para os quatro cantos. Poupe-me.
Na realidade, eu me esqueci de alguns detalhes dos nossos beijos. A memória humana não é perfeita (que bom). E junto com esses detalhes, uma grande parte do meu amor bruto deixou de ser seu.
E, sim, claro que eu ainda lembro, um pouco, do seu beijo, um calorizinho do seu abraço às vezes passa a noite ao meu lado, mas o fato é que meus sentimentos também foram esquecidos, ficaram um pouquinho mais frios, sabe?
E apesar de eu querer amar novamente, sentir um abraço especial que arrepie minha espinha, sentir um carinho apaixonado sendo meu, eu também meio que cansei dessa bobagem de estar apaixonado. Sejamos francos, a gente fica meio/totalmente idiota 90% do tempo.
Se eu disser que eu não estou apaixonada e não quero estar, é crime?
Essa decisão é tão sensata no momento!

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Aquela questão de querer desvendar as outras vidas

Não pense que você foi tudo isso para mim, que eu não durmo mais sem deixar de pensar em ti. Tudo que eu quero é ficar em paz agora, tanto faz o que vai acontecer. Você já não percebe o mundo que lhe rodeia e eu cansei de esperar alguma decisão. Não vá pensar que eu vá te esperar um tempo infinito que desdobre-se vagamente.
Eu senti na pele a indecisão e tentei segurar as pontas até sentir minhas mãos sofrerem destiladas. Tudo o que restou foi um pouco de tristeza por não poder mudar um pouco do passado, e pena, por você não saber o que quer viver. Sabe, às vezes só tem que deixar rolar...
E será que eu preciso fingir que sinto alguma coisa? Só quero virar as costas e sorrir despreocupada. É algum crime querer ser feliz? Porque tem tanta gente controlando a vida dos outros...
Eu? Não tenho muito tempo para fazer isso não. Já tenho situações pessoais suficientes para viver. E essa coisa de querer bisbilhotar a vida alheia nunca me interessou muito não: estou mais preocupada em ser feliz mesmo.

domingo, 2 de outubro de 2011

Distância física, mas não no coração

Sabe aquela sensação de que a vida está completa? De que um sorriso é a língua universal? De que os sonhos são simples demais? É estar com você aqui.
Porque eu não sei o que acontece quando você vêm, mas eu sei que é bom. A alegria me invade por inteiro, como uma explosão que chega depois de uma grande espera silenciosa.
E eu sei que se eu sorrir só estarei fazendo jus à sua companhia insubstituível e as horas que você passa aqui são as melhores do meu dia. Como disse o Pequeno Príncipe: "Se você vêm às quatro, desde as três já estou feliz."
E você precisa mesmo partir? Eu sei que as circunstâncias são imutáveis e as permanências são curtas, mas marcáveis... Só queria mais um pedaço seu comigo, um espaço quente ao meu lado... Dentro do meu coração.
E você sabe a resposta, mas eu quero repetir alto e forte esse legado da minha vida: Eu vou te esperar! Eu vou te levar comigo! Sempre você, só você... Até chegar novamente.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Me leva pro teu mar

Agora vou ser sincera e tentar parar de esconder tudo. Eu queria fingir que nada aconteceu, então poderia conviver comigo mesma. Mas, se você quer saber, na realidade, nem eu agüento mais esconder todo esse sentimento. Eu acho que é amor.
Eu queria esquecer que isso existe. Não quero sentir nada; quero ser invencível. Mas não consigo evitar: é só você passar e eu perco o pensamento. Como num passe de mágica eu esqueço que tento me livrar do amor e todas as implicações que vem com ele. Só que não é tão fácil quanto parece. “Coração não é tão simples quanto pensa.”
Chega a mim, aproxima-se um pouco, cadê meu ar?
 (Ai meu Deus como a vida é linda)
E eu sorrio só por te ver sorrir. Ter-te ao meu lado é a maior benção. Já havia esquecido essa borboleta no estômago que parecia coisa de outro mundo. E o amor então?
Eu diria ser só um truque bobo feito para haver relacionamento e perpetuar espécies; mas quem não quer levar essa rasteira da natureza?
Tragas-me e leva-me pro teu mar. Perco-me nos teus olhos e mergulho sem pensar... Voltarei?

Céu

Ele olhou para ela e suspirou, preparando-se para explicar algo inexplicável.
­            - Sabe o que eu queria? – Falou, sentando-se ao seu lado no banco.
- O quê? – Ela perguntou tímida.
- Eu queria um amor corajoso, indomável... Aquele amor que te deixa sem fôlego e você só quer mais e mais. Ou melhor, precisa de mais.
“Um amor que te transforme, sempre em alguém melhor. Que faça você querer sempre mais de si mesmo. Que lhe dê perguntas existenciais e que te faça perceber que elas não têm resposta. Mas, que viver ultrapassa qualquer dúvida.
“Quero um amor forte e sensível, extrovertido e tímido, aberto e reservado.
“Um amor que seja como o céu: lindo por fora, mas ainda mais dentro das nuvens; imprevisível, mas curioso o suficiente para você buscar pelo final; e familiar, que sempre lhe oferece uma boa lembrança e um colo para sentar.”
Perdido em seus devaneios, só após um longo silêncio ele olhou para ela, curioso pela resposta.
Encontrou um sorriso delicado e olhos brilhando.
-Acho que te entendo perfeitamente. – ela disse – Você é meu céu.

I'm 4 real

Isso é tudo verdade? Ou é apenas um devaneio?
Porque pelo jeito que você me olhou noite passada, eu fico me perguntando se é real. Eu não quero ouvir um adeus, não posso fazer nada com meus sentimentos. Fica aqui e me abraça. Quando você está, não há mais ninguém pra mim. Me faz sentir tão bem, não vá embora... E meu coração?
Eu não sei se consigo fazer isso sozinha... Espera, alguma coisa profunda aqui dentro mudou. Você não pode  me ajudar? Eu não quero ficar sozinha. Está tudo bem.
Quantas perguntas para tantas respostas que eu não consigo achar? Será que um dia elas chegam? Todos se sentem assim? Não dá pra gente ir pra um lugar mais feliz?
Adeus, olhos castanhos...
Adeus, luz do sol...
Adeus, por enquanto...
Eu tenho que ir e te deixar sozinho. Mas sempre saiba que eu te amo tanto, muito. I love you so...

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Vagando

Esqueça o que já passou,
A alegria vive para ser vivida,
As lembranças sobrevoam em silêncio,
Enquanto há sopro de vida

Te espero quieta em segredo,
Até mesmo de uma parte de minha alma
Pois não sei até onde vai a loucura
Se você foi ou não embora (?)

As tardes de repente são vazias,
Sua companhia sempre me convém
Para aplacar a chuva que cai pura,
Talvez eu dance sem amanhã...
Mas uma certeza eu sempre terei,
Que meus dias hão de ser ensolarados,
Não importa, o amor um dia vem
Mesmo que ele já tenha por mim passado.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Era amor

Era amor.
O que corria entre suas veias cada vez que trocavam um olhar.
Era o amor crescendo mais e mais cada vez que os encontros também cresciam.
Era amor, mais que tudo, o que sentiam um pelo outro.

Era o amor que fazia com que ela sorrisse o tempo todo sem motivo algum. E era esse mesmo amor que fazia com que ele quisesse conquistar apenas ela, todos os dias.

E todos os dias eles acordavam felizes por poder viver mais um pouco ao seu lado. Compartilhavam lembranças já vividas e produziam outras que hão de ser lembradas. E o tempo parecia voar, sumir, não havia explicações: sempre faltava um pouco de cada um quando se separavam.

E esse amor só crescia mais, tanto que fazia explodir o peito de paixão: anos passaram e os dois permaneceram ligados como lua e estrelas.

Numa tarde chuvosa de verão, após molharem-se dançando na chuva, ele ajoelhou-se e lhe mostrou um anel; e ela chorou de felicidade enquanto dizia "sim".

Logo estavam correndo pelo altar e criando mais capítulos em sua história juntos, como devia ser. Conseguiam se imaginar velhinhos, um ao lado do outro, com suas cadeiras de balanço e bengalas, olhando a paisagem. E quando isso chegou já não havia surpresa nenhuma estampada em seus rostos.

Estavam rodeados de netos, noras, sorrisos, e, principalmente, sua alma gêmea.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Grande John

E se eu dissesse que eu sinto falta de algo que nunca tive? De um amor que não seja platônico e, de preferência, correspondido. Têm tantas possibilidades que meu coração ainda não explorou que eu sinto por elas; parecem ser tão bonitas e dá vontade de ver como tudo é por dentro. Aliás, tudo precisa mesmo ser visto por dentro.
As pessoas, por exemplo. Nenhuma face linda pode mudar o interior não-tão-maravilhoso que encontra-se nessa cara bonita. E no final a beleza interior ganha muito mais pontos, em minha avaliação.
Procure ser algo mais a você, não aos outros. Consequentemente, ninguém tenta aproximar-se de uma cara amarrada e um sorriso infeliz.
E, para variar, vou terminar esse post sempre ao contrário, feliz com meu silêncio:
"Quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém."
Disse John Lennon.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Devaneios necessários

Agora que já fui sincera e admiti pra mim mesma que eu te amo, isso tudo parece muito pequeno. É como um bicho de sete cabeças que você descobre ser um bichinho de pelúcia. E perdi esse tempo sofrendo para nada.
É tão mais fácil olhar para o espelho e dizer umas verdades à evitar olhar-se por medo do desconhecido.
Já cheguei até em outro patamar do nosso relacionamento: "E daí que eu te amo?", e essa terapia de sentimentos está favorecendo muito meu amadurecimento.
Não tem problema. amar alguém que não te ama. Ou pensar que ama alguém que não te ama. Vai ver, você só ama as lembranças com essa pessoa. E, talvez, eu chegue à mesma essa conclusão.
Já estou mais jogando tudo pro alto e sorrindo para a vida que prendendo-me à velhos costumes. É tempo de mudar e tentar coisas novas; tempo de dançar na chuva corajosamente; tempo de pôr a cara à tapa e impor seus desejos; tempo de ser feliz (aliás, todo tempo é tempo de ser feliz); tempo do-que-você-quiser: afinal, a vida é sua e dela você sabe o que quer fazer.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Uma pequena verdade

Sabe de uma coisa? Hoje eu realmente parei pra pensar... Na vida, na felicidade, no amor...
E eu percebi que sou mesmo feliz com quem me tornei e que estou seguindo um caminho certo, entre vários outros. Escolhi um caminho que me fará mais feliz, que agregará minha vida.
E, depois de várias viradas de assunto, adivinha quem parou no meu pensamento? (É meio clichê que foi você, mas fazer o quê?!)
E, depois de muito me rebelar, eu aceitei aquela conclusão que já pairava no meu pensamento à dias: eu nunca deixei de te amar. E, quem sabe, nunca deixarei. Mas é assim que a vida vai.
O importante é que eu aprendi a seguir em frente, mesmo sem ti. Fisicamente, porque ainda não há um dia que eu não penso em nós dois e em como teria sido. Mas, agora, acho que estou aprendendo a aceitar; e isso um dia vai libertar todo esse sentimento em mim. Certo?
E não há nada que eu não lhe deseje exceto uma vida repleta de felicidades, obstáculos vencidos e muita alegria! Mesmo que eu só esteja nas suas memórias de adolescência... Ué, pelo menos eu estou em algum lugar!
Uma vez eu pensava que você era o amor da minha vida. E, quem sabe, sejas. Mas tem alguma coisa que me diz que não; uma pequena fagulha que incendeia no meu coração, pedindo um amor novo e muitas loucuras! E estou pensando seriamente em jogar tudo pro alto; vai ver eu arranjo uma carona pra isso tudo depois... Só que isso não importa, não mais.
Eu sou feliz.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Se lembra daquele tempo?

Em que nós crescemos juntos e tudo passou devagar... ficávamos debaixo das nuvens, apenas a conversar.
E eu criava uns formatos que você não tinha a mínima idéia, assim como você tirava algumas ovelhinhas do espaço!
Era tão bom entrar na sua imaginação... era um lugar tão vivo! Havia a possibilidade do desconhecido, assim como a sua criatividade que eu tanto conhecia, e me fascinava.
Esses anos passaram tão rápido... mas meu amor por você, que brotava naquela imaginação super fértil, só cresceu, tornando-se um imenso no meu coração. E fico feliz e orgulhosa em dizer que você cresceu comigo, para meu alívio, e não perdi o coração. 
Mas a nossa imaginação vai... e, às vezes, a gente cresce demais e pára de acreditar nela, deixando-a distante da nossa essência. E no final nos perdemos. 
Então eu te convido a voltar ao nosso tempo! Em que tudo passava devagar!
Onde as nuvens tinham um mundo de possibilidades e apenas o céu era o limite!
Venha comigo e nós vamos nos reencontrar... e, o mais importante, me reencontrarei em você.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Perguntas

Toda vez que tenho um flashback de nós dois, tudo que consigo é sorrir. Apesar das brigas, dos ressentimentos... ah, meu Deus, você é a melhor coisa que aconteceu comigo.
E eu tenho que aprender a viver sem você? Mesmo? Eu sei que posso, "eu vou conseguir", mas será que quero?
Há respostas relativas, você sabe...
Eu nunca precisei ser feliz acompanhada. Mas essa felicidade com você parece ser mais completa, não sei dizer.
Vai ver eu perdi o talento de falar de amor... se eu souber mesmo o significado dele?
E lá vamos nós aos mesmos assuntos de antes... "porque terminou?", "você lembra daquele dia?" (...) e aí eu me afundo naquela poça de recordações, lembranças, perguntando aquela mesma pergunta: "por que foi que acabou?"

terça-feira, 31 de maio de 2011

Será que a culpa é só minha por eu só conseguir escrever de amor? Será que uma parcela de culpa também não é sua?
Vamos, admita.
Admita que usou as piores intenções quando sorriu pra mim daquele jeito! E quando me abraçou carinhosamente... Me fez pensar que dois podiam ser um!
Mas a matemática não se pode dar esse luxo ao erro... as divisões entre números complexos são tão simples quanto os teoremas que se desenvolvem no coração. Não se engane.
Aprendi que devo criar uma equação em que some felicidade, multiplique amigos e, principalmente, subtraia você.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Carta

Se você soubesse quando tempo fiquei olhando para aquela página em branco, riria da minha cara. Afinal, aquela era a carta que eu não queria escrever.

Deixei o papel jogado na escrivaninha, esperando que algumas palavras incentivadoras viessem à minha mente. Mas tinham que ser as palavras certas.


E elas não vinham. Então, abandonei o papel e tive que conviver com a aflição de sentir um aperto no peito toda vez que eu atravessava a salinha. Foi frustrante. Uma coisa daquelas; das quais, por mais que tente, não sabe descrever. Daquelas.

Então, joguei tudo por alto e fui escrever a carta que um dia esteve em suas mãos; sinto muito, sinto tanto; Mas, nós sabemos o que eu devia fazer. Chega de sofrer. (Mas será que eu fiz certo?)

Aqueles "E se...?" atravessam minha mente toda vez que eu paro para respirar, sentindo seu bafo comigo.Aí eu viro, louco pelo seu perfume, e nada encontro ao meu redor. Naquela sala vazia.

Sinto sua falta. Tanto. Um pouquinho mais a cada dia. Onde está você agora?

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Você já viu a rua após uma noite chuvosa?

Você já viu a rua após uma noite chuvosa? É maravilhoso.
O ar adquire um novo aroma, de recomeço. Parece que a esperança enche o ar e você começa a sorrir sem perceber. Anda pela calçada fechando os olhos e ouvindo a música do ambiente. Porque quando você para e se concentra, ouve o ambiente falando contigo. Isso já esteve lá, só você que não notava.
Tudo tem um ritmo, um compasso. Pode até tornar-se uma dança misturando a buzina dos carros e o passo cronometrado dos pedestres. A rua adquire aquele ar novo que volta a chamar sua atenção.
Aí você se pergunta como não notou isso antes. Tem certeza que parava para escutar? Ou apenas ouvia?
E para falar? Ou apenas conversava?
E para amar? Ou apenas se apaixonava?
Algumas sensações só estão ali se você quiser notá-las, e é preciso um esforço a mais que existir; é viver. 
Uns sentimentos especiais só tornam-se possíveis se você os busca com o coração mesmo, não é qualquer caminhar que o levará para o infinito.
É preciso lutar por algumas coisas.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Sinto falta de nossa amizade. Às vezes, até me arrependo de isso tudo ter virado amor. Porque amor um dia pode enfraquecer e tornar-se só uma sombra no pensamento, mas a amizade fica mais e mais viva todos os dias...
Quero seu abraço. Seu abraço amigo, não seu abraço namorado. Nada contra,o segundo é delicioso, mas o primeiro mais inocente. E só preciso de simplicidade no momento.
Quero poder sorrir para você sem o peso do compromisso nas costas, mas agora já não dá. É difícil, você nem sabe quanto, sentir seu olhar triste quando nos fitamos. Fomos machucados e isso era o qe eu menos queria. Mas, como trazer as coisas de volta?
Queria eu voltar ao passado, segurar minha imensa vontade de te beijar e ter sua amizade caminhando comigo. Mas, ambos sabemos, como um fruto proibido, você seria meu maior encanto, e nós seríamos um do outro. Vai ver era para ser, e eu não queria ter sido.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Pensamentos.

Por mais que meus pensamentos sempre voem acelerados por ai, tem sempre um assunto que não sai da minha estrada: você. É sempre o assunto que tento evitar e que me espera no horizonte, toda vez que termino a viagem. 
Não sei porque, mas você tem um lugar estável no meu pensamento. Não posso segurar, você já está lá. É como meu seguro, porque já sei que você vai estar em alguma parte do meu dia, mesmo que em pensamento. E não consigo largar pelo simples medo de que se te perder me perco também. 
Olha, eu sei que minha vida é muito mais que você. Já entendi, já sei. Só não diga para mim para de acreditar, de sonhar. E, (in)felizmente, quando sonho, você faz parte disso. E eu acredito, mesmo que as constelações apontem outras estrelas ou o destino não seja palpável assim. Nada vai impedir que meus pensamentos não cheguem a ti.
Porque deles, ao menos, tenho controle. E faço do que bem entender com o que é meu. Talvez as consequências sejam um coração carente, meio partido, meio vazio, com uma parte cheia de lembranças e outra triste pelo que aconteceu.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Milagre

Todos os dias acordamos esperando por algo especial, por um milagre. Às vezes nem percebemos que acordar todos os dias já uma dádiva. Às vezes nem agradecemos todas nossas bençãos, não notamos o prazer de poder respirar mais uma vez. Abrir e fechar os olhos novamente. Às vezes as coisas mais importantes passam despercebidas.
Como um verdadeiro abraço não sendo retribuído. Ou as coisas mais simples da vida, como curtir um belo por-do-sol ou um lindo arcoíris depois da tempestade. Esses são grandes milagres.
Milagre ver o sol invencível raiar novamente depois de encoberto por uma nuvem, aquela que milagrosamente faz com que gotas de chuva percam-se em nossos cabelos. Outro milagre é ver as estrelas, infinitas, no cair da  noite, e percebê-las multiplicadas enquanto escurece ainda mais.
Correr e sentir o coração batendo no seu ritmo variável, sentir o vento apertar seus ossos. Mergulhar e sentir a água "tapar" os ouvidos, ver as bolhas subindo à superfície cada vez que você respira. A pergunta é: precisamos mesmo tanto de outros milagres se a vida já é um?

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Intrigante

Tudo o que quero dizer não está saindo certo agora. Nem sei porque perdi meu tempo fazendo discursos se eu sabia que iria me perder em seus olhos. Os mesmos que eu não consigo parar de olhar. Somos eu e você e todas as pessoas, mas, sem sentido, a unica que vejo é você. O mundo parece estranho e silencioso quando você não está por perto. Esqueci as palavras que ensaiei, mas quanto mais nos olhamos, mais sei o que quero falar: todos seus gestos são tão bonitos, tudo o que você faz me encanta...
E ao fechar os olhos é você que vejo, novamente, mas ao abri-los ver sua face inquieta me espiando, tão mágico, que  até paro de pensar.

Infinito.

Apenas percebi que aquele era um adeus quando fechei a janela de meu quarto. Percebi que nunca mais ouviria o familiar barulhinho das pedras quando ele vinha me visitar à noite, acordando-me de sonhos com ele. Percebi que nunca mais veria seu sorriso quando dava a última nota da música no violão e via minha face admirada. Percebi que nunca mais teria meu quarto cheio de recados de amor, e percebi que não teria mais que fingir brigar com ele, chamá-lo de bobo, enquanto eu amava aquilo que ele fazia.
Percebi que uma parte de meu coração nunca deixaria de amá-lo completamente, não importa o tempo que passe. Percebi que uma das melhores pessoas da minha vida estava partindo para não mais voltar.
Senti os momentos tornarem-se infinitos para mim, e soube que também o seriam para ele. Não haveria mais abraços calorosos debaixo de chuva, nem mãos dadas ao por-do-sol, mas eu sabia que ele também pensaria em mim, onde quer que estivesse. E toda vez que eu fechava os olhos conseguia encontrar seu olhar...

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Minha resposta.

Estava tudo tão calmo, silencioso. Apenas eu e minha alma, conversando frente à frente, revelando meus segredos profundos, vendo no fundo infinito de nossos olhos.
Eu podia escutar minha própria respiração ecoando pelo espaço, incrivelmente alta para os padrões. E eu estava tão tranquila, sentindo no inconsciente a grandeza da situação. Eu estava para descobrir meu destino por mim mesma. Já sabia de tudo aquilo, mas de alguma forma as informações seriam um vocabulário inédito nos meus tímpanos.
Mantive o olhar que estava recebendo, demonstrando minha coragem muda e forte, enquanto via pedaços de vidas passadas flutuando dentro de minha alma. Aquelas pequenas visões encaixavam com algo que existia dentro de mim, e senti coisas inexplicáveis. Eu tocava algo maior que todo o anterior.
Então chegou minha vida presente. Vi sorrisos de pessoas que ocuparam meu coração, também como experiências que guardaram-se na memória. Beijos que queria esquecer, abraços de pessoas que eu achava que eram essenciais nos meus dias e que perderam-se com o tempo.
Vi a mim mesma amadurecendo em minhas fases, infinitas fases, passando pela garotinha mimada à garota sonhadora, e meus sonhos mudando com pouca velocidade, mas em direção significativa.
E a imagem foi mudando caleidoscópicamente até que tornou-se um espelho: vi minha face intrigada mirando a mim mesma, obedecendo até o piscar de olhos e a respiração. Desviei o olhar de minha alma e percebi que ela estava desaparecendo, que as moléculas de ar estavam ocupando seu espaço.
Eu não queria que isso acontecesse e a encarei novamente, vendo meu rosto sorrindo. Enquanto eu não estava.
Eu me sorria e me intrigava ao mesmo tempo que sumia. Desesperada, gritei pedindo pela resposta, a que havia sido prometida se eu embarcasse na viagem.
E meu eu respondeu-me, um instante de sumir, que eu era a resposta para meus próprios pedidos.

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Minhas infinitas versões

Parece que faz tanto tempo que gosto de você, acho que já vivia assim e meu subconsciente só não queria me contar. Não vejo mais um viver diferente, em que seus sorrisos não façam parte do meu dia a dia e quebram um pouco o cotidiano. Fico feliz por ter finalmente alguém que me faça rir sempre, sem me preocupar em tentar agradar os outros.
Com você eu posso mostrar aquele eu que quase ninguém conhece, que é divertido e engraçado, e que não para de falar um segundo. Nada a ver com o que os outros pensam.
E posso deixar à tona aquela garota sensível, que gosta da tranquilidade, escreve com o coração, sem me importar, porque você me entende. E não ligo para o que os outros pensam.
Não me importo com nada quando estou com você, mas é a coisa mais importante para mim. Não ligo para o que pensa de mim, mas quero que pense o melhor. Mas sei que vai: sou sempre minha melhor versão quando estou com você.

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

As quatro estações

Eu amo você como gosto de ver a primavera chegar e levar o resto do frio que se alojou na minha alma. Amo ver você tirar a camisa no banco do motorista, quando viajamos no fim das aulas e início do verão. Amo ter seu sorriso, só meu, nos nossos passeios pelas árvores do outono. Gosto dos seus braços ao meu redor, me esquentando nas noites frias do inverno, protegendo-me do vento e das chuvas, no infinito ao nosso redor. Amo todas as estações, amo todo os seus eu’s, aquele que me diverte, no verão; o outro que tira as folhas de meus cabelos, no outono; aquele que esquenta meu coração, no inverno; e um último, mais que especial: aquele que sempre terei como razão de meu viver, toda primavera, fazendo tudo começar novamente.

Amigo

 Dia desses fiquei pensando em uma resposta que recebi quando escrevi um poema seu. Um amigo disse que haviam sido palavras lindas, que a pessoa para a qual eu havia escrito tinha muita sorte de me ter desse jeito.
Aí eu lembrei que você me tem, mas não te tenho. E dói saber que eu tenho de escrever para você sem você saber. Então, resolvi te esquecer de vez. E dessa vez é pra valer.
Sabe, eu tenho um amigo que gosta de mim, e eu talvez possa gostar dele desse jeito. Espero que o poema que ele leu sobre você algum dia seja para ele, porque assim ele me terá, do jeito que eu já tenho ele.

domingo, 23 de janeiro de 2011

Mudanças.

É tão estranho saber que tudo acabou. Que tudo vai mudar. Que todo aquele presente se tornará um passado trancado em sua vida. São novos desafios que te esperam, dessa vez sozinho, sem aquela mão no ombro e aquela pessoa que te protege. É, agora é com você. E agora é SÓ você.
Estranho saber que há algum tempo você imaginava não ser possível, caminhar pelos próprios pés rumo à escuridão. Estranho ver que uma pessoa amadurece muito mais em um ano que cresce em toda a sua vida. É tão difícil crescer mentalmente... Ao mesmo tempo que é impossível deixar de fazer.
Engraçado que você sabe que suas relações não serão as mesmas, e como as pessoas reagem à isso é uma prova de que está prestes a acabar. Um empurrãozinho para o futuro, um sopro para o desconhecido...

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

De volta pra casa.

Eu posso estar sempre longe, mas sinto você aqui perto, nos meus pensamentos. Aqueles que me mantém quente enquanto eu vejo a neve caindo por entre as árvores. Imagino você sorrindo, há milhares de quilometros de distância, nesse verão insuportável da nossa cidade natal. E sorrio ao saber que você também pensa em mim. Porque eu sabia que seria assim. O mundo pode dar quantas voltas quiser, mas algumas coisas simplesmente não mudam. Como o seu olhar, as nossas lembranças, o nosso amor. E quando ele muda, só o vejo crescer um pouco mais. É como se cada passo que nos afastamos mais nos fortalecesse. Porque por mais que a saudade me mate um pouco mais a cada dia, ela faz meu coração bater mais forte cada segundo. E eu permaneço aqui, afundando entre as árvores, vislumbrando a paisagem branca ao meu redor. Eu sei que tudo vai voltar, quando eu estiver de volta pra casa.